Autora: Beth O’Leary
Editora: Topseller
Ano de Publicação: 2019
Género: Romance Young Adult
Nº de Páginas: 413
Sinopse
«E se tivesse de partilhar a cama com alguém que nunca conheceu?
Tiffy Moore precisa urgentemente de um apartamento barato, depois de o ex-namorado a despejar da casa onde viviam. Leon Towney é enfermeiro, faz os turnos da noite no hospital, tem um apartamento para arrendar e precisa de dinheiro para ajudar o seu irmão.
Para os dois, surge a solução perfeita: durante o dia, enquanto Tiffy está a trabalhar, Leon descansa do lado direito da cama; durante a noite, e até à manhã seguinte, Tiffy é dona e senhora do apartamento. Embora nenhum deles se encontre no mesmo espaço ao mesmo tempo, limitando as hipóteses de algo poder correr mal, os seus amigos acham que esta é a receita para o desastre e que devem existir regras.
Para que tudo possa correr bem, decidem comunicar apenas por bilhetinhos destinados a resolver questões domésticas (e da vida) e facilitar a partilha do apartamento. Mas, com ex-namorados dramáticos, colegas de trabalho doidos e, claro está, o facto de ainda não se terem cruzado, estão prestes a descobrir que, para terem uma casa perfeita, vão precisar de atirar as regras pela janela.»
Capa: ★★★★★
Enredo: ★★★★☆
Escrita: ★★★★☆
Personagens: ★★★★★
Avaliação Final: ★★★★☆
Aviso de conteúdo: relacionamentos abusivos, manipulação psicológica;
Nem me lembro como é que descobri esta história. Era um dos livros de que toda a gente falava numa certa altura e a curiosidade acabou por me levar a comprá-lo.
Tiffy é uma assistente editorial que acabou de ser largada pelo namorado e precisa de encontrar uma casa nova. Como o orçamento era baixo, acaba por se contentar em partilhar um quarto (e uma cama) com um enfermeiro chamado Leon. A partir daí o resto é fácil de imaginar.
«Na verdade ainda não tinha pensado em ir para a cama com alguém desde o Justin. Recupera-se imenso tempo quando se fica solteiro e não se faz sexo — não apenas o tempo que isso requer, mas o tempo que se gasta a depilar as pernas, a comprar roupa interior bonita, a perguntarmo-nos se todas as outras mulheres depilarão as virilhas…»
É uma narrativa descontraída com personagens cómicas e cenas muito divertidas. Se tivesse que descrever Tiffy com uma palavra, seria espirituosa, o exato oposto de Leon, que é a própria definição de introvertido. Cada um carrega os seus próprios dramas e estes são excelentes pontes para abordar alguns temas mais pesados, como racismo, as falhas do sistema judicial e relacionamentos abusivos.
«Esta emoção de fazer algo totalmente ridiculamente espontâneo — a sensação de estarmos totalmente vivos ao mandarmos o plano às urtigas e desligarmos todas as partes do cérebro que nos dizem por que razão isto não é boa ideia… Meu Deus, como sentia falta disto.»
Ler Apartamento Partilha-se foi um pouco como assistir a uma série – muitas personagens cheias de personalidade, várias narrativas complementares a acontecer paralelamente à história principal e uma demora extremamente frustrante para “chegar a vias de facto”. Quem leu entende o que quero dizer.
O clímax deixou um pouco a desejar, mas a mensagem foi bem transmitida e, no geral, foi uma boa história.
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