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Recomendações de Literatura Inclusiva

Entende-se por Literatura Inclusiva o tipo de literatura que não discrimina e não exclui, que abrange todo o tipo de pessoas, seja qual for a sua condição. Quando lemos um livro gostamos de nos ver representados, porque é uma forma de sentirmos que algures, alguém nos compreende. Para quem é branco, hétero, cis e não-portador de deficiências isso nunca foi um problema, mas quando se trata de pessoas que não correspondem ao padrão socialmente estipulado para o que é considerado “normal”, surgem as lacunas. No passado sugeri alguns títulos que fazem jus à essência e diversidade da comunidade negra, porque essa é uma causa que me representa. Hoje venho aqui sensibilizar para outro tipo de inclusão, a que, apesar de não poder dar a cara, tento dar uma mãozinha.

Existe nos livros uma grande falta de representação de pessoas portadoras de transtornos e deficiências, termos que neste texto são significativos de condição física ou mental causadora de limitações. Ainda que, com o tempo, tenha havido esforços para visibilizar estas realidades, ainda há um longo caminho a percorrer para dar voz a estas perspectivas marginalizadas.

Fiz uma pesquisa e consegui reunir alguns títulos escritos e protagonizados por pessoas portadoras de transtornos e deficiências. São eles:

A Fórmula do Amor, de Helen Hoang

Uma história ao estilo My Fair Lady, divertida e cativante. Stella é uma jovem adulta com síndrome de Asperger que, cansada de ser pressionada pela mãe para constituir família, decide contratar um homem que a ajude a transformar-se na namorada perfeita. 

A Quiet Kind of Thunder, de Sara Barnard

Steffi não fala, mas isso não significa que não tenha nada para dizer. Rhys é surdo, mas sabe ler as pessoas como ninguém. Um romance colegial sobre a fluidez da comunicação e as várias formas de encontrarmos a nossa própria voz.

Mil Vezes Adeus, de John Green

Aza Holmes sofre de Ansiedade e Transtorno Obsessivo Compulsivo e John Green escreve-a com a pujança e sobriedade de que apenas ele é capaz. Um romance sobre amizade, morte, questões existenciais e a pressão de sermos nós próprios. 

The Running Dream, de Wandelin Van Draanen

Quando Jessica perde a perna num acidente de carro, tudo indica que a sua vida acabou, mas Rosa, a sua nova tutora com paralisia cerebral, vai ensinar-lhe que a esperança pode ser encontrada quando nos dispomos a procurar por ela. Uma história que retrata uma jornada de força e perseverança.

Not If I See You First, de Eric Lindstorm

Parker Grant é uma rapariga como as outras – tem grandes sonhos, boas notas, um grupo de amigos espetaculares, paixonetas… a única coisa que a distingue dos outros é a sua cegueira. Nesta história, vamos poder conhecer uma perspectiva quase revolucionária sobre esta realidade.

The Silence Between Us, de Alison Gervais

Maya estudou a vida toda num colégio especial para surdos, mas agora terá pela primeira vez que enfrentar a escola pública. São abordadas questões fulcrais, como as dificuldades que portadores de deficiências auditivas precisam de enfrentar diariamente, mas sempre com um tom jovial e empoderado.

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