Opiniões

“Paranoia” de Lisa Jackson

Autora: Lisa Jackson
Editora: Marcador (Editorial Presença)
Publicação: Agosto de 2020
Género: Thriller
Páginas: 390

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Wook | Bertrand | Editora

Sinopse

«Em Edgewater, Oregon, alguns residentes pensam que, vinte anos antes, Rachel Gaston se safou depois de assassinar uma pessoa. Rachel ainda não faz ideia de como um simples jogo de adolescentes se tornou mortal – nem de quem trocou a sua pistola de ar comprimido por uma arma verdadeira. Quando um vulto se aproximou, vindo da escuridão, ela disparou sem pensar. Demasiado tarde, reconheceu o meio-irmão, Luke, e viu sangue a jorrar do seu peito.

Apesar do acompanhamento psicológico, os sonhos horríveis de Rachel sobre aquela noite persistem. A ansiedade levou ao seu divórcio do detetive Cade Ryder, embora também ele se sinta culpado pelo sucedido. Quando a reunião com os colegas do secundário se aproxima, Rachel sente a imaginação a pregar-lhe partidas, convencendo-a de que os objetos em sua casa se deslocaram. Que há perfume desconhecido no ar. Que alguém está a seguir o seu carro.

A observá-la em casa. Tem razão em sentir medo. E à medida que surgem ligações entre uma nova série de homicídios e a morte de Luke, Rachel percebe que não é possível escapar ao passado e que a verdade pode ser mais sombria do que os seus piores medos…»

Apreciação

Capa: ★★★☆☆
Enredo: ★★★☆
Escrita: ★★★
Personagens: ★★★☆☆
Apreciação Geral: ★★★☆☆

Opinião

Este livro foi-me oferecido pela Editorial Presença.

Queria aventurar-me nos thrillers e vi a Inês Sagres, do Under the Pages, falar tão bem dele que decidi dar-lhe uma chance.

O início prendeu-me, mas apenas durante as primeiras páginas. Depois tornou-se uma confusão de personagens e arcos narrativos que pareciam debater-se para encontrar um ponto em comum com o enredo. A tradução também não me convenceu. Os capítulos eram algo caóticos porque saltavam do ponto de vista de uma personagem para a outra sem qualquer tipo de introdução e perdeu-se mais tempo na introdução à história do que na história em si. Acredito piamente que o livro só teria a ganhar se lhe cortassem umas 50 páginas de informações irrelevantes.

«Parecia ter sido um milhão de anos atrás. E parecia ter sido no dia anterior.
Esperara que desaparecesse lentamente, que a dor abrandasse, que o tempo embotasse as arestas, e assim fora. Até agora.»

Senti falta daquela emoção típica dos thrillers que só consegui experienciar quase a metade do livro. As personagens não me aqueceram nem arrefeceram e o final deixou muito a desejar. Foi uma daquelas conclusões tão preguiçosas que eu cheguei a considerá-la nos primeiros capítulos, mas acabei por descartar a hipótese por achar demasiado óbvia. Como se a autora tivesse previsto isso, ainda nos deixou um gostinho de um último plot twist que quase compensou pela desilusão que foi a resolução do mistério.  

A leitura valeu pela segunda metade. Demorei quase uma semana a ler as primeiras 150 páginas e apenas uma tarde a ler o resto do livro. No geral, não me surpreendeu, mas pelo menos deu para passar o tempo.

 

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