Opiniões

“George” de Alex Gino

Autoria: Alex Gino
Editora: Scholastic Press
Publicação: Maio de 2021
Género: Ficção Infantil
Páginas: 211

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Sinopse

«When people look at George, they think they see a boy. But she knows she’s not a boy. She knows she’s a girl.

George thinks she’ll have to keep this a secret forever. Then her teacher announces that their class play is going to be Charlotte’s Web. George really, really, REALLY wants to play Charlotte. But the teacher says she can’t even try out for the part . . . because she’s a boy.

With the help of her best friend, Kelly, George comes up with a plan. Not just so she can be Charlotte — but so everyone can know who she is, once and for all.»

Avisos de Conteúdo: bullying, transfobia, homofobia;

Apreciação

Capa: ★★★☆☆
Edição: ★★★★☆
Escrita: ★★★★☆
Enredo: ★★★★☆
Personagens: ★★★★★
Responsabilidade: ★★★★★
Sentimento: ★★★★★
Apreciação Geral: ★★★★★

Opinião

Li este livro para o mês da Identidade de Género do meu desafio Ler a Diferença

Inicialmente, o que me levou a comprar este livro, para além da temática, foi a indicação do público-alvo. Quis saber de que forma seriam integradas as questões sobre Identidade de Género numa história para crianças e até que ponto seria uma boa opção para quem está a dar os primeiros passos neste tema. 

«George knew that Mom was trying to help. But George didn’t have a normal problem. She wasn’t scared of snakes. She hadn’t failed a math test. She was a girl, and no one knew it.»

A acção acompanha George, uma rapariga de 10 anos que nasceu no corpo de um rapaz e que luta por afirmar a sua verdadeira identidade. É uma protagonista que facilmente cativa a empatia do leitor porque, através dela, conseguimos quase experienciar algumas das vivências opressivas da transsexualidade que muitas vezes nos passam ao lado. 

Há uma grande reflexão sobre as normas de género que nos são impostas pela sociedade desde muito cedo, assim como os padrões de comportamento associados. É triste pensar que existem muitas pessoas como a George, forçadas a anular-se para caber nas expectativas desproporcionais e absolutamente preconceituosas que a sociedade lhes impõe, simplesmente por se recusar a aceitar que o mundo não funciona à base do azul e rosa. 

A leitura foi rápida e acessível, tanto ao ritmo da narrativa como da simplicidade do inglês. O enredo é bastante condensado, como seria de esperar para este género literário, mas consegue comover e consciencializar de forma efectiva. É uma lição sobre respeito, empatia e liberdade.

Gostaria de ver este livro traduzido para, um dia, poder lê-lo com os meus filhos. É uma excelente forma de introduzir as crianças a um tema que é tão importante e tão menosprezado pela sociedade. 

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