Opiniões

“Quando Éramos Mentirosos” de E. Lockhart

Autoria: E. Lockhart
Editora: Edições Asa
1ª Edição: Maio de 2014
Género: Thriller
Páginas: 311

Links de compra:
Wook | Livraria Independente

Sinopse

«A família Sinclair parece perfeita. Ninguém falha, levanta a voz ou cai no ridículo. Os Sinclair são atléticos, atraentes e felizes. A sua fortuna é antiga. Os seus verões são passados numa ilha privada, onde se reúnem todos os anos sem exceção. É sob o encantamento da ilha que Cadence, a mais jovem herdeira da fortuna familiar, comete um erro: apaixona-se desesperadamente.
Cadence é brilhante, mas secretamente frágil e atormentada. Gat é determinado, mas abertamente impetuoso e inconveniente. A relação de ambos põe em causa as rígidas normas do clã. E isso simplesmente não pode acontecer. Os Sinclair parecem ter tudo. E têm, de facto. Têm segredos. Escondem tragédias. Vivem mentiras. E a maior de todas as mentiras é tão intolerável que não pode ser revelada. Nem mesmo a si.»

Avisos de Conteúdo: violência, racismo, xenofobia, abuso de substâncias, depressão;

Apreciação

Capa: ★★★☆☆
Edição: ★★★★☆
Escrita: ★★★★☆
Enredo: ★★★★☆
Personagens: ★★★★★
Responsabilidade: ★★★★☆
Sentimento: ★★★★★
Apreciação Geral: ★★★★☆

Opinião

Este livro foi-me recomendado por uma amiga com a promessa de uma narrativa envolvente e reviravoltas avassaladoras.

Não mentiu.

Em “Quando Éramos Mentirosos” acompanhamos as peripécias das férias de verão da família Sinclair, passadas numa ilha privada, através da perspectiva de Cadence, uma jovem atormentada que comete um erro abismal que se interpõe na corrida pela abastada herança da família: apaixona-se por Gat, um adolescente não-branco e não-rico.

A história deixou-me cativa logo na primeira página, envolveu-me na mente fragilizada de Cadence e na forma tão gráfica e intensa como encarava o mundo e as pessoas. É uma daquelas narrativas que se vai desfragmentando, aproximando-nos, pouco a pouco, do cerne do mistério a que somos introduzidos nos primeiros capítulos.

Não é um estilo narrativo aberto à criação de teorias, dada a dificuldade em entender o que está a acontecer, e, por vezes, a forma como o enredo é conduzido deixa a desejar, mas as reviravoltas e o final arrebatador acabam por compensar.

Uma crónica de mentiras, ilusões, dependências e sentimentos. As personagens são maravilhosas e as relações entre elas transpõem páginas e corações. Adorei “Os Mentirosos”, as suas personalidades e vulnerabilidades. A dinâmica do grupo é de desenvolvimento lento, mas, tão genuíno, que tornou ainda mais credível a sua presença na história. Apaixonei-me por eles quase sem dar por isso. 

A escrita é bastante acessível e os capítulos curtos e sucintos facilitam o processo de imersão. O final é digno de todos os adjetivos do dicionário, mas, para não estragar a surpresa, direi apenas que dificilmente se esquecerão dele.

Sem Comentários

    Deixar uma resposta